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A classe operária apanha o elevador e sai no 13º andar

Não sou de comprar muitas coisas. Nunca fui. Vivo no mesmo apartamento há trinta anos; o carro tem mais de vinte. Roupa, só a necessária. Tralhas para a casa, nem pensar. Houve um tempo em que comprava livros e filmes, mas também me deixei disso (vou à biblioteca ou releio, aborreci-me um bocado com o cinema). Deixei de fumar. Aproveito tudo até ao fim, consumo cada vez menos. Neste momento só gasto dinheiro em coisas básicas tipo água, electricidade, de comer e beber, transportes, dentista. Apesar do rendimento familiar ser baixo, sobra mais ou menos um terço todos os meses — sem esforços. O dinheiro serve-nos para pouco.

Já fiz as contas, quando ficar sem emprego (não falta muito) posso viver dos rendimentos.

Pareço a minha avó que com pouca comida, enchia uma mesa; e com uns trocos, juntava dinheiro.
Uma versão letrada e manhosa da minha avó.

Comentários

Luis Eme disse…
também podia ser assim. :)

mas os livros ainda se colam às minhas mãos.
c disse…
Desculpa alexandra, quando estava a corrigir a minha resposta apaguei o teu comentário :(
alexandra g. disse…
Cristina, bem sabes/sentes, eu sei que és, nesta estranha esfera onde nos movemos, uma pessoa especial à qual tudo perdoarei. E, nisto, a situação que indicas, nada há que desculpar, acontece, a tod@s

Tu é que deves permanecer :*