É cedo. Ainda não há turistas no metro. Apenas gente que se desloca para o trabalho e que, como sempre, faz a viagem sem levantar os olhos do telemóvel. De súbito, apercebo-me de um tipo, o único na carruagem cheia, que olha pela janela. Não tem telemóvel. Não tem um livro, um jornal. Limita-se a olhar pela janela, estação após estação. Quem é ele? Um fantasma do passado? Um sábio? Um louco?
de Cristina Fernandes e Rui Manuel Amaral
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