O partido e a coligação que podem ganhar a presidência da câmara já fixaram os últimos cartazes da campanha no Campo 24 de Agosto. Vêm de um tempo futuro hipotético para além dos indecisos e das sondagens e seguem as mesmas regras de comunicação: já não se trata de mais um candidato, mas do «novo presidente» ou «presidente à moda do Porto» investido do desejado poder. Os dois afirmam assertivamente: Ganhamos! No entanto, em termos simbólicos nem tudo são vitórias. O cartaz de Pizarro é vulgar, mas pelo menos nele reconhecemos o homem (mais ou menos descontraído, em plano americano) e não formas geométricas como no início. Pelo contrário, Pedro Duarte fez o caminho inverso e transformou-se numa verdadeira imagem de banco – parece um protótipo de presidente de câmara, incaracterístico e demasiado pós-produzido, pronto para uma série da Netflix.
de Cristina Fernandes e Rui Manuel Amaral