Dovlatov prova (como se fossem precisas provas; mas eu tinha de começar o texto por algum lado...) que o absurdo não é uma distorção caprichosa da realidade, mas a própria realidade. Os episódios biográficos que descreve em «O livro invisível» mostram que as histórias de Daniil Harms, por exemplo, são tão plausíveis como uma mosca no tecto ou um pedacinho de madeira a flutuar nas águas do Neva.
de Cristina Fernandes e Rui Manuel Amaral
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