O meu pai faz hoje 80 anos. Agora não tenho tempo para contar a história da vida do meu pai, mas posso pelo menos dizer que é um digno representante da velha classe trabalhadora. Reformou-se tarde e continuaria a trabalhar se lho tivessem deixado. Como tantos outros, nunca soube o que fazer ao «tempo livre». Se um homem nasce é para trabalhar. É uma questão de honra, dignidade, enfim, de respeito. Hoje, 1.º de Maio, é o dia dele, o dia do velho trabalhador. Devíamos estar juntos, como sempre aconteceu neste dia, mas o vírus fechou-nos em casa. Sem bolo, sem velas, sem bandeiras vermelhas.
de Cristina Fernandes e Rui Manuel Amaral
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Feliz 1º de Maio
Cuide-se