Vladimiro tem nome russo, mas o apelido (e o resto, meu deus!) destrói a promessa; percebe-se logo que é um falso russo (nem sequer um comissário do Ninotchka). Já o Tiago Barbosa Ribeiro — oh, basta escolher bem o enquadramento do rosto: parece que acabou de sair de um romance de Dostoiévski, quer dizer, parece que ainda lá está; um Karamazov temperamental. Não sei se é o meu candidato, mas é a minha personagem preferida. Dele, espero uma campanha febril, declarações estrondosas, ideias para encher a alma de desespero.
de Cristina Fernandes e Rui Manuel Amaral
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