Sou pouco aplicada; só agora – e porque me ofereceram – é que estou a ler o livro Ozu, de Donald Richie (na tradução editada pela The Stone and the Plot*). Tem uma série de informações importantes, mas o que mais me agrada são as citações de entrevistas ou dos diários do realizador:
Existe no diário uma nota triunfal na data de conclusão da escrita de Viagem a Tóquio.
«Terminado. 103 dias. 43 garrafas de saké.»
Imaginei logo uma homenagem clandestina com alguns filmes, muito álcool e pouquíssimas palavras. Numa sala junto a uma estação de comboios.
A seguir vou ler Ozu, multitudes (outra prenda maravilhosa). Desconfio que vou gostar mais do livro do Pablo García Canga.
* A revisão devia ter sido mais rigorosa, acho que nunca li um livro com tantos advérbios de modo no mesmo parágrafo.

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