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Não é ninguém

O borá começava a soprar. Eu e B. tínhamos acabado de sair do museu Revoltella e dirigíamo-nos para o café Garibaldi, quando um moço alto e magro, com um impermeável de gabardina meio revirado pelo vento, passou apressadamente ao nosso lado, cruzando-se connosco, e se voltou para cumprimentar com um aceno de mão. Não tinha nada de especial, no entanto perguntei a B.: 
- Quem é?
- Oh, não é ninguém - respondeu B. indiferente -, um futurista.

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