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Perícia com facas e parafusos

Percebe-se que a literatura era (completamente pretérito imperfeito) um ofício duro ao ler “O que Maisie sabia”. Henry James maneja as palavras como um cozinheiro japonês maneja facas. É preciso ajustar a nossa respiração ao ritmo da frase: longa, sinuosa, enigmática. Claro que só é possível compreender isso porque o tradutor (Daniel Jonas) também sabe lidar com facas. O livro é um romance (de formação, apetece acrescentar), mas também o testemunho de uma prática que caiu em desuso.

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