Os passeios e as ruas andam cobertos de folhas caídas e encharcadas. Quando os varredores vêm e recolhem as que o vento ainda não arrastou para longe, ficam as suas cópias: imagens impressas no chão através de uma delicada tinta castanha, que persiste bem visível durante algum tempo. São os fantasmas do Outono passado. O grande herbário de sombras das cidades.
de Cristina Fernandes e Rui Manuel Amaral
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