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Se o banco fosse verde

Nove e pouco da manhã. Estou sentada no jardim do Calém a apanhar sol, a fazer tempo.
Ele vem ter comigo e diz:
— Não tenha medo de mim, eu não sou um assassino.
Depois acrescenta muitas coisas, conta uma história complicada quase sem sentido, mostra-me as mãos abertas, mas já não presto atenção. Aquela frase podia ser d’ O Idiota. Se o banco fosse verde.

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