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Ramón

São incontáveis os pequenos milagres de Ramón Gómez de la Serna.
Livro após livro.
Estou a ler A Quinta de Palmyra, que foi editado há uns meses pela VS. Uma maravilha.

Nesse amanhecer que a surpreendia com um novo cavalheiro ao lado, Palmyra deu-se conta, agora que ele tinha o penteado desfeito, de que ele era mesmo bastante calvo, e, portanto, devia ter a matreirice que atribuía aos calvos, o seu ar de homens do mundo um pouco cínicos, parecendo ter pensamentos que se julgam já sem folha de parra, e, por consequência, tendo o dever de afrontar tudo com uma audácia desmedida.

Tradução de Joana Morais Varela. 

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