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O mar, o mar

Voltei a sonhar com o mar: estávamos a mudar o sistema operativo do mar numa cabine lá no alto, uma espécie de farol horizontal sobre as dunas. Não sabíamos como é que aquilo ia correr, nunca tinha sido feito. Havia água a toda a volta mas era o mar à frente que metia medo pois as correntes eram muito fortes e deixavam sulcos profundos. O mar parecia um desenho feito de cabelos azuis e castanhos e estavam todos enredados e sombrios. De manhã, no metro, tentei guardar as imagens na memória e, talvez porque se sentou ao meu lado um rapaz a ler uma bíblia com capa castanha, logo a seguir ocorreu-me que deus também podia ser um sistema operativo — mas isso não é um cliché? 
Foi aí que percebi: ei, lá estou eu a escrever canções para a Laurie Anderson.

Comentários

c disse…
Os meus pesadelos são porreiros :D