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Segunda-feira

Jogo de futebol no Estádio River Plate. Com trinta mil espectadores. O sol aquece. De repente, sobre os camarotes, onde se fazia ouvir a algazarra da espera impaciente por uma luta renhida aparece um balão... Um balão? Todos podem ver que não é um balão, mas um preservativo grandemente insuflado pelo hálito indecente de alguém. O balão-preservativo, auxiliado pelas correntes de ar que ascendem do público acalorado, sobrevoa as cabeças e, quando cai, é levemente tocado pelas mãos dos brincalhões... e uma multidão de milhares de pessoas fixava o olhar neste escândalo flutuante, tão horrivelmente visível, tão flagrante! Silêncio. Ninguém se atreve a falar. Êxtase. Foi então que um padre de familia, indignado, o esfaqueou com um canivete. E ele rebentou.
Assobios! Uivos! Uma raiva inacreditável explodiu de todos os lados — de perto e de longe —, e o aterrorizado «pai de família» esgueirou-se o mais depressa possível pela saída mais próxima, Quem mo contou foi Betelú Mariano, de alcunha Flor de Quilombo, aliás, Flor, aliás, Florquilo, aliás, Quiloflor, aliás, Coliflor, aliás, Flor-en-coli, aliás, Coli-en-flor.

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