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Mexer na terra

Leio no jornal que em Santiago do Cacém há um empreendimento para «nómadas digitais» onde os clientes podem «ser tecnológicos, mexer na terra e viver em comunhão com a natureza». As aspas estão no sítio certo e isto é mesmo uma citação. Se os clientes da empresa fossem crianças, propor um local onde pudessem «mexer na terra» seria mais ou menos razoável. Tratando-se de «nómadas digitais», a expressão transforma-se numa alegoria grotesca do que andamos a fazer à terra: um produto para mexer, esburacar, violentar.

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