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Assumir os pressupostos da vida não fascista #6


M. P.: No filme, há temas que voltam. 

M. D.: Há uma permanência de temas, sim. Não sei muito bem porque é que eles voltam tão regularmente. É o vento, por exemplo. O mar. A criança judia. 

M. P.: Gosto muito dessas notas físicas no filme, quando ela fala do vento, da geografia das paisagens…  
M. D.: Quando falo da terra do vento, onde nenhuma árvore resiste, onde todas as árvores são massacradas, continuo sem dúvida um certo discurso, mas deslocado. Acabei de rever o texto para ser editado e constatei que estou sempre a falar do vento, do mar também, longe e perto, sempre forte como uma espécie de imagem mental constante, penso que o mar é o que vai chegar, é o que vai engolir tudo na sua pureza, acho que é isso, o vento e o mar, porque, para mim, é o vento do mar.

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